Em Roma quase não há lugar em que não se tenha por compainha o murmurejar da água nas centenas de fontes da cidade.
Na calada da noite, a gente pode ouvir o fragoroso cascatear de uma fonte monumental, o débil gorgolejo de um fontanário na parede ou o gotejar de um chafariz orlado de avencas num velho pátio interior.
“As fontes de Roma são magníficas combinações de arte, e, só por elas, valia a pena vir aqui para vê-las”, comentou o poeta inglês Percy Bysshe Shelley, do século XIX.
Já na antiguidade, a imaginação dos romanos se comprazia com a água.
Segundo o médico grego Galeno, que visitou a cidade em 164 d.C., “a beleza e o número das fontes de Roma eram admiráveis”.
Sabe-se hoje que, dois séculos e meio mais tarde, quando os godos saquearam a cidade pela primeira vez, havia 11 aquedutos que traziam água para alimentar 1.212 fontes, 11 grandes “termas” imperiais e 926 banhos públicos.
Desde então, as fontes já encantaram muitas outras gerações, e quase não há quem não se tenha apaixonado por elas.
São mais do que uma fantástica expressão de engenharia hídráulica e um abundante manancial hídrico; são poemas de pedra, bronze e água – parte integrante da vida de Roma.
Murmuram, gotejam, sibilam, esguicham ou cascateiam em gloriosa sinfonia.
Não têm inimigos porque a sua dádiva é só prazer.
Encantam os olhos e ouvidos, oferecem-se à esquina de uma rua ou ocultam-se no recôndito de um jardim, prontas a dar guarida à melancolia de um poeta.
São apreciadas pelos romanos como obras de arte, pontos de reunião e, talvez mais, como aprazíveis oásis, de água fresquinha e límpida nos dias quentes de verão.
– Frances Vieta / Seleções - setembro de 1983
Na calada da noite, a gente pode ouvir o fragoroso cascatear de uma fonte monumental, o débil gorgolejo de um fontanário na parede ou o gotejar de um chafariz orlado de avencas num velho pátio interior.
“As fontes de Roma são magníficas combinações de arte, e, só por elas, valia a pena vir aqui para vê-las”, comentou o poeta inglês Percy Bysshe Shelley, do século XIX.
Já na antiguidade, a imaginação dos romanos se comprazia com a água.
Segundo o médico grego Galeno, que visitou a cidade em 164 d.C., “a beleza e o número das fontes de Roma eram admiráveis”.
Sabe-se hoje que, dois séculos e meio mais tarde, quando os godos saquearam a cidade pela primeira vez, havia 11 aquedutos que traziam água para alimentar 1.212 fontes, 11 grandes “termas” imperiais e 926 banhos públicos.
Desde então, as fontes já encantaram muitas outras gerações, e quase não há quem não se tenha apaixonado por elas.
São mais do que uma fantástica expressão de engenharia hídráulica e um abundante manancial hídrico; são poemas de pedra, bronze e água – parte integrante da vida de Roma.
Murmuram, gotejam, sibilam, esguicham ou cascateiam em gloriosa sinfonia.
Não têm inimigos porque a sua dádiva é só prazer.
Encantam os olhos e ouvidos, oferecem-se à esquina de uma rua ou ocultam-se no recôndito de um jardim, prontas a dar guarida à melancolia de um poeta.
São apreciadas pelos romanos como obras de arte, pontos de reunião e, talvez mais, como aprazíveis oásis, de água fresquinha e límpida nos dias quentes de verão.
– Frances Vieta / Seleções - setembro de 1983
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