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"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajuda-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo."
Galileu Galilei

3 de agosto de 2009

A LENDA DO UNHUDO

O mito do Unhudo da Pedra Branca existe há mais de um século na cidade de Dois Córregos, localizada na região central do estado de São Paulo. Há mais de um século se tem notícias do mito do Unhudo da Pedra Branca, protagonizado por um cadáver ressecado, de unhas grandes e que usa chapéu de palha e roupas esfarrapadas cuja missão tem sido assombrar todos aqueles que ousem roubar frutas e flores, guardando o território da mata da Pedra Branca. Outra lenda contada por Vó Armira, mas localizada por ela no bairro de Morro Alto, na margem esquerda do Tietê, falava de um homem de unhas enormes que morava em uma das cavernas da Pedra Branca, elevação próxima à divisa de Mineiros e Dois Córregos. Era chamado de O Unhudo da Pedra Branca e costumava atacar aqueles que entravam na floresta para colher jabuticabas silvestres. Certa vez, dizia Vó Armira, um rapaz foi apanhar jabuticabas e levou um tapa do Unhudo, indo acordar do outro lado do rio Tietê. Na cultura popular o mito é descrito como um morto-vivo, um bicho, um corposeco, uma assombração. A força ainda presente do mito faz do Unhudo a assombração mais famosa de Dois Córregos. Um morto-vivo que desperta o medo de algumas pessoas da zona rural. Compreendendo a comunicação como processo social básico de troca simbólica, através dela os fenômenos sociais sobrevivem e se transformam no decorrer do tempo, assegurando a continuidade de uma cultura. O mito rural do Unhudo da Pedra Branca, compartilhado através da Folkcomunicação, mas apropriado pela mídia e também pelo poder público no final do Século XX, é afetado num processo de mediações e alterações significativas, conferindo novas cores ao mito que já há mais de um século permeia o mundo interiorano. Apesar do mito existir desde o início do Século XX, apenas no final do século passado a mídia começou a divulgar o mito de Dois Córregos: emissoras de televisão abordaram o tema em reportagens e programas jornalísticos. A veiculação do mito em programas jornalísticos resultou no conhecimento do mesmo por um público mais amplo. O Jornalismo, por sua vez, contribui com a universalização e difusão que leva um fato à coletividade rompendo as barreiras do local. Desse modo o Unhudo se torna atualmente conhecido além das fronteiras da cidade de Dois Córregos.A primeira aparição midiática do Unhudo data de 1977, no Jornal Opinião, de Dois Córregos, com a publicação do conto “Unhudo da Pedra Branca” por Heusner Grael Tablas. No entanto, o mito só ganharia fama a partir da década de 1990 quando passou a ser figura constante de reportagens sobre a região. Na TV, o Unhudo apareceu nos seguintes programas: Linha de Frente (TV SP centro/Bauru – Rede Bandeirantes, 1995) – veiculado em Bauru e região; Lendas do rio Tietê (Rede Globo, 1998) - Bauru e região; - A hora da verdade (Rede Bandeirantes, 2001) em rede nacional; e Giro São Paulo (TV TEM, 2003 e 2004), nas cidades do interior paulista em que a emissora está presente. No jornal já foi tema de reportagens do Jornal da Cidade, de Bauru em 31/10/2001 e 29/10/2000, também aparecendo na seção “Pesca e companhia”, na forma de conto, no caderno de turismo do jornal.

Esse artigo é parte da dissertação de mestrado defendida pela autora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação – Comunicação Midiática, na Universidade Estadual Paulista - Unesp – Bauru/SP. Banca examinadora: Prof. Dr. Cláudio Bertolli Filho (orientador), Prof. Dr. José Marques de Melo e Prof. Dr. Antonio Carlos de Jesus. Referência bibliográfica: GUARALDO, Tamara de Souza Brandão. Comunicação, cultura e mídia: o mito do Unhudo da Pedra Branca. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru/SP, 2005. 220f. 2 Jornalista. Mestre em Comunicação pela Unesp – Bauru/SP. Professora universitária FAEF/Garça, FIB/Bauru.

1 comentários:

AURIO disse...

Essa história de caçada ao Unhudo é pura balela, mas eu, em 1956 estive no topo da Pedra Branca, juntamente com outros três amigos. Foi uma aventura tremenda, onde o Unhudo quase ficou com meu chapéu Prada, novinho em folha. Talvez quisesse substituir o seu chapéu de palha. No entanto, no dia seguinte voltamos ao mato da Pedra Branca, eu e meu pai, e resgatamos o meu chapéu. Vardade verdadeira, acreditem ou não. Infelizmente meus companheiros já faleceram e não poderão afirmar nossa aventura.


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QUEM LÊ SABE MAIS .

05 / 08 / 2010 Arqueólogos encontram complexo subterrâneo em pirâmide no México
http://www.ambientebrasil.com.br/

Um complexo subterrâneo foi localizado sob a pirâmide de Quetzalcoatl, no sítio arqueológico de Teotihuacán, conforme divulgou o Instituto Nacional de Antropologia e História mexicano (INAH).

A construção, composta por um túnel, daria acesso a uma série de galerias sob o templo dedicado a uma das principais divindades astecas, com aspectos de serpente e de pássaro.

Segundo os arqueólogos, a entrada do complexo estaria há 12 metros de profundidade e foram necessários oito meses de escavações para descobri-la.

Os especialistas acreditam que o local pode conter os restos de governantes da antiga cidade no centro do México.

A entrada do túnel teria sido fechada há 1,8 mil anos pelos habitantes e a estrutura é anterior à construção do tempo de Quetzalcoatl. O local recebia oferendas diversas como ornamentos fabricados com conchas, jade, ardósia e obsidianas.

Ao todo, o complexo teria 100 metros de profundidade. Descoberto em 2003 por Sergio Gómez e Julie Gazzola, o complexo só pode ser explorado após sete anos de planejamento e captação de recursos financeiros. A equipe que realizou o trabalho é composta por 30 profissionais.

– (Fonte: G1)

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