Diz um ditado que para um homem ou para uma mulher estarem completamente realizados, para terem vivido a infãncia, a velhice e a juventude em todo seu esplendor, na sua mais completa plenitude, há de se "Escrrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho! (não necessáriamente nessa ordem). Plantar uma árvore... mas é preciso que a semente seja boa e o solo seja rico para ela germinar bem, que a espécie de árvore a ser plantada seja uma daquelas que tenha uma copa alta, daquelas que parecem que vão beijar o céu com as suas folhas verdes... árvores daquelas que balançam ao sabor dos ventos e nos fazem ter a certeza que ainda estamos vivos e sempre a um passo da eternidade...árvores que nossos filhos possam subir, brincar e que cresçam a sua sombra aprendendo a sonhar...Porque tem ávore que não cresce, nunca toca o céu, tem árvore que não floresce nunca, nem na primavera, e às vezes precisamos tanto do perfume das flores para esquecer do fedor das coisas podres que fazem com a gente, da beleza das flores para alegrar os nossos olhos que tantas vezes testemunham tantas coisas feias...dar frutos...nem todas dão...e mesmo assim continuam sendo boas árvores. Escrever um livro...mas é preciso que seja um bom livro e que conte uma história que acrescente tanto ao escritor como ao leitor, para escrever um livro é preciso ver o mundo além das próprias fronteiras, é preciso chorar muito para transformar as lágrimas em belas palavras, só assim elas ganham sentimentos, é preciso sorrir muito e ter alegria em viver, só assim as palavras ganham alma...a nossa alma...livros vêm do mundo das reticências... Porque tem livros que são pretenciosos demais, se julgam ser fórmulas e donos de verdades, porque tem livros que não acabamos de ler e um livro que não se vai até o fim nunca, nunca completa a sua missão, porque tem escritores que só querem ganhar...e escrever é muito mais dar do que ganhar... Ter um filho...mas é preciso que se ame o pai ou a mãe dele para que este seja concebido, é preciso que se fique tentando, tentando, tentando dezenas, se possível centenas de vezes, fazê-lo com muito carinho...numa cama de lençóis brancos e macios, nas areias da praia com o som do mar ao fundo e as estrelas e a lua como únicas e cúmplices testemunhas...em qualquer lugar onde uma mulher e um homem possam se amar em paz e desse amor nasça o símbolo maior desse amor, filhos...amados e desejados filhos. Um dia eu plantarei uma cerejeira, para mim a árvore mais bela do mundo, ela perde suas pétalas ao mais leve toque, floresce somente uma vez por ano, árvore de origem japonesa é considerada pelo povo japonês como a flor que simboliza um estado de espírito, vem a primavera e com ela a cerejeira fica em flor representando a alegria e a beleza. Um dia eu terei um filho ou uma filha...já imaginei tantos nomes para eles, mas seus nomes vão ter algum significado, algo que elas possam contar para as pessoas co orgulho, mas não quero nomes complicados ou exóticos...nomes próprios, mágicos e que vão lhes dar muita sorte na vida...sei que eles vão ter o meu sorriso e quem sabe os meus olhos. Um dia escreverei um livro...que virá além do mundo das reticências...que contará uma linda história...e um dia verei meus filhos correrem felizes num lindo jardim com a minha cerejeira no centro...e lá debaixo dela eu vou ler algumas páginas do meu livro para eles...e passaremos a tarde rindo juntos e então eles vão dormir no meu colo até a noite chegar. Filhos são feitos de livros (as histórias que contamos pra eles vem dos livros e muito do que somos também vem de livros) e livros são feitos de árvores (celulose) e as árvores são feitas de Deus...
"PASSOS E POEMAS do meu caminhar" André Luis Aquino
http://www.ebooksbrasil.org/
21 de setembro "DIA DA ÁRVORE"
"Um homem existe porque uma criança existiu. Se você pisar uma plantinha, ela jamais se transformará em árvore".
– Angelo Lombardi
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