Por Paulo Mendes campos
No primeiro ano de ginásio (num colégio que foi quartel colonial, perto de Cachoeira do Campo e Ouro Preto) comecei a escrever, e comecei, aos doze anos de idade, por um capítulo das minhas memórias. No ano anterior, eu havia fugido de casa, com dois amigos, buscando as aventuras de Mato Grosso. A fuga durou vinte e quatro horas e foi relatada num caderno ao qual dei o título de "Fugindo de Casa". Pouco depois, tomei conhecimento dos versos de Mário de Andrade sobre Belo Horizonte e também escrevi o meu poema futurista com o mesmo tema.
Em seguida, influenciado pelo Winnetou de Karl May, criei o herói chamado Motano, um índio dos Estados Unidos.
Foram minhas três primeiras obras. Perdi o poema, tenho ainda as outras duas. Terminado o ginasial, passei a inventar contos mais ou menos humorísticos. E uns poemetos mais ou menos dramáticos. Conheci então Etienne Filho, um pouco mais velho, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e Fernando Sabino.
Através do primeiro, publiquei num jornal meus dois primeiros artigos, um sobre poesia, outro sobre Raul de Leoni. Continuei a fabricar artigos em Belo Horizonte e, em seguida, no Rio, para onde me mudei.
A imprensa me pegou pelo pé e me sobrava pouco tempo para ajeitar os meus poeminhas. Por fim, num belo dia, me casei, e os editores-poetas, Geir Campos e Thiago de Mello, aparecem na minha festa improvisada com os primeiros exemplares do meu primeiro livro:
"A Palavra Escrita".
Eu tinha vinte e nove anos de idade. E dezessete anos de escrevinhações.
"PARA GOSTAR DE LER" - Vol 4 - 1981 - Editora Ática
No primeiro ano de ginásio (num colégio que foi quartel colonial, perto de Cachoeira do Campo e Ouro Preto) comecei a escrever, e comecei, aos doze anos de idade, por um capítulo das minhas memórias. No ano anterior, eu havia fugido de casa, com dois amigos, buscando as aventuras de Mato Grosso. A fuga durou vinte e quatro horas e foi relatada num caderno ao qual dei o título de "Fugindo de Casa". Pouco depois, tomei conhecimento dos versos de Mário de Andrade sobre Belo Horizonte e também escrevi o meu poema futurista com o mesmo tema.
Em seguida, influenciado pelo Winnetou de Karl May, criei o herói chamado Motano, um índio dos Estados Unidos.
Foram minhas três primeiras obras. Perdi o poema, tenho ainda as outras duas. Terminado o ginasial, passei a inventar contos mais ou menos humorísticos. E uns poemetos mais ou menos dramáticos. Conheci então Etienne Filho, um pouco mais velho, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e Fernando Sabino.
Através do primeiro, publiquei num jornal meus dois primeiros artigos, um sobre poesia, outro sobre Raul de Leoni. Continuei a fabricar artigos em Belo Horizonte e, em seguida, no Rio, para onde me mudei.
A imprensa me pegou pelo pé e me sobrava pouco tempo para ajeitar os meus poeminhas. Por fim, num belo dia, me casei, e os editores-poetas, Geir Campos e Thiago de Mello, aparecem na minha festa improvisada com os primeiros exemplares do meu primeiro livro:
"A Palavra Escrita".
Eu tinha vinte e nove anos de idade. E dezessete anos de escrevinhações.
"PARA GOSTAR DE LER" - Vol 4 - 1981 - Editora Ática
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