Dom Hélder morava numa casa modesta ao lado da igreja das Fronteiras. Certa noite, a polícia fez uma batida numa favela do Recife, em busca do chefe do tráfico de drogas. Confundiu um operário com o homem procurado. Levou-o para a delegacia e passou a “interrogá-lo”. Os vizinhos e a família, desesperados, ficaram em volta da delegacia ouvindo os gritos do homem. Até que alguém teve a idéia de sugerir que a esposa do operário recorresse a dom Hélder. A mulher bateu na igreja das Fronteiras: - dom Hélder, pelo amor de Deus, vem comigo porque lá na delegacia do bairro estão matando meu marido de pancadas. O prelado a acompanhou. Ao chegar lá, o delegado ficou assustadíssimo: - Eminência, a que devo a honra de sua visita a esta hora da noite? Dom Hélder explicou: - Doutor, vim aqui porque há um equívoco. Os senhores prenderam meu irmão por engano. - Seu irmão?! - É, fulano de tal – deu o nome – é meu irmão. - Mas, dom Hélder, reagiu o delegado, o senhor me desculpe, mas como podia adivinhar que é seu irmão. Os senhores são tão diferentes!. Dom Hélder se aproximou do ouvido do policial e sussurrou: - É que somos irmãos só por parte de Pai. - Ah, entendi, entendi. E liberou o homem.
Enviada por Luis Freitas, a partir de história contada por Frei Beto
http://www.jcnet.com.br/
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