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"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajuda-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo."
Galileu Galilei

14 de março de 2010

14 DE MARÇO - DIA DA POESIA

Conta-nos Manuel Bandeira que em sua breve estada na pequena Pouso Alto, cidade mineira, em visita a Ribeiro Couto, conversavam com um velhinho que falava do sucesso dos seus colegas na Faculdade de Direito de São Paulo.
Falou de Rodrigues Alves, Campos Sales que se tornariam eminentes políticos.
Num dado momento lembrou-se de que “tinha também um moço muito inteligente que fazia versos; esse moço, numa caçada, deu um tiro no pé, voltou para a Bahia e morreu.
– Castro Alves? – Isso mesmo, Castro Alves!
Ainda hoje, nas faculdades, Castro Alves é um proscrito.
Não é aconselhável ler seus versos.
Eles fazem pensar...
Um de seus poemas, de abril de 1868, é, sem dúvida, o maior libelo contra a escravidão no Brasil.
Refiro-me ao “Navio Negreiro”, com trinta e quatro estrofes e 240 versos...
A primeira parte do poema é descritiva: o céu e o mar fundem-se “num abraço insano”.
“Qual dos dois é o céu? Qual o oceano?” Onze estrofes de quatro versos.

A segunda parte – 40 versos – fala-nos da tripulação do navio: espanhóis que lembram as “andaluzas em flor”; os marinheiros da Itália, relembrando os versos de Tasso; os ingleses lembrando orgulhosos histórias de Nélson e Aboukir e os marinheiros helenos “belos piratas morenos”, “belos” porque as crianças defeituosas eram atiradas ao abismo de Taigeto.
Os fortes permaneciam em companhia da mãe até a idade de sete anos.
Aprendiam a dizer a verdade, respeitar os mais velhos e não ter medo.
E os marinheiros portugueses? Não são citados!
Eram apenas “donos” dos escravos...

A terceira parte, uma visão rápida do interior do navio com “tétricas figuras”, um “canto funeral” uma cena “infame e vil”.
Assim, primeira e segunda partes, aspectos descritivos: uma sequência de detalhes.
Uma visão panorâmica envolvendo os aspectos do local e da tripulação do navio. A quarta parte é essencialmente narrativa.
Um torvelinho de cenas marcadas por verbos denotativos de ação, e lágrimas, e gritos; estalar de chicotes; e dor; e morte; e “a multidão faminta cambaleia, e chora e dança ali”.

A quinta parte é marcada por uma imprecação contra Deus:
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus...
” Por fim, a sexta parte.
Uma sequência de opinião:
“Mas é infâmia de mais...
Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo...
” Castro Alves era apenas um moço que fazia versos...
Nasceu em 14 de março de 1847.
Expirou em 6 de julho de 1871.
Aos 24 anos.
Nesta data, 14 de março, comemora-se o “Dia da Poesia”, mesmo sem se referir ao “moço que fazia versos”...


– Álvaro Baptista Pontes / http://www.jcnet.com.br/

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QUEM LÊ SABE MAIS .

05 / 08 / 2010 Arqueólogos encontram complexo subterrâneo em pirâmide no México
http://www.ambientebrasil.com.br/

Um complexo subterrâneo foi localizado sob a pirâmide de Quetzalcoatl, no sítio arqueológico de Teotihuacán, conforme divulgou o Instituto Nacional de Antropologia e História mexicano (INAH).

A construção, composta por um túnel, daria acesso a uma série de galerias sob o templo dedicado a uma das principais divindades astecas, com aspectos de serpente e de pássaro.

Segundo os arqueólogos, a entrada do complexo estaria há 12 metros de profundidade e foram necessários oito meses de escavações para descobri-la.

Os especialistas acreditam que o local pode conter os restos de governantes da antiga cidade no centro do México.

A entrada do túnel teria sido fechada há 1,8 mil anos pelos habitantes e a estrutura é anterior à construção do tempo de Quetzalcoatl. O local recebia oferendas diversas como ornamentos fabricados com conchas, jade, ardósia e obsidianas.

Ao todo, o complexo teria 100 metros de profundidade. Descoberto em 2003 por Sergio Gómez e Julie Gazzola, o complexo só pode ser explorado após sete anos de planejamento e captação de recursos financeiros. A equipe que realizou o trabalho é composta por 30 profissionais.

– (Fonte: G1)

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