Por Claudia Oliveira
Eram 5h30 da manhã quando Brisa despertou com os passarinhos chamando o dia. Ainda sonolenta, deu uma espreguiçada alongando um braço e esfregando os olhos com o outro... Quando derrepente viu apontar um Corsário por de trás da ilha Anchieta em direção a Baia de Yperoig.
Mais do que depressa, curiosa como ela só, nem foi ao pomar tomar seu delicioso café da manhã com frutas frescas. passou a mão em sua vassoura e esperta, cobriu-se com seu manto invisível, assim poderia chegar bem pertinho e observar com atenção os detalhes. Logo reconheceu aquela embarcação, pois ela estava sendo conduzida pelos famosos piratas: capitão dos Mares e seu amigo, o pirata Caolho que como de costume cantarolavam com canecas na mão: "hou hou hou, mais um barril de rum, hou hou hou não sobrou nenhum", dando gargalhadas contagiante.
Mas o que Brisa perguntava-se era o que eles estariam fazendo por estas redondezas? Com ceteza ela não perderia esta aventura por nada, e ali se acomodou bem quietinha. Em pouco tempo eles atracaram na Prainha do Matarazzo e com seus homens, nem eram muitos, pois senão seria dificil guardar o segredo, começaram a descarregar baús com diamantes brutos, metais valiosos e tantas outras pedras preciosas. Brisa ouviu um deles dizer que aquela fortuna vinha das minas do Itacolomi e das catas de Minas gerais fazendo parte de um antigo e importante contrabando. E bem ali, por de trás dos trapiches eles abriram a passagem secreta do Morro do Caruçu-Mirim.
Até então todos achavam que era lenda, pois o povo sempre dizia que ali tinha uma passagem construída pelos índios tupinambá e depois usada para a fuga de alguns negros escravos. Diziam que a passagem era para um homem só de cada vez passar, de tão estreita que era! Mas o que poucos souberam é que ela era real e que os piratas construíram bem no centro dela uma canastra de couro para guardar suas riquezas, fechando a passagem do outro lado com fundo falso para impedir bisbilhoteiros.
Tendo como plano usá-la em caso de fuga, pois se caso acontecesse algum imprevisto eles sairiam do outro lado do morro e seguiriam a pé para a praia do Perequê-Açú, onde seu barco já estaria esperando.
Brisa depois de tudo assistir foi saindo de fininho para não ser encontrada, pois sabia que não era bom contar pra ninguém. Afinal, riqueza assim traz muita tristeza aos humanos, que por conta delas brigam, se machucam e até matam. Quanto aos piratas parecem que dias depois pegaram uma tempestade forte e naufragaram deixando para nós esta herança histórica passada de pai para filho.
– Ubatuba em revista / ano 2 nº 8
Eram 5h30 da manhã quando Brisa despertou com os passarinhos chamando o dia. Ainda sonolenta, deu uma espreguiçada alongando um braço e esfregando os olhos com o outro... Quando derrepente viu apontar um Corsário por de trás da ilha Anchieta em direção a Baia de Yperoig.
Mais do que depressa, curiosa como ela só, nem foi ao pomar tomar seu delicioso café da manhã com frutas frescas. passou a mão em sua vassoura e esperta, cobriu-se com seu manto invisível, assim poderia chegar bem pertinho e observar com atenção os detalhes. Logo reconheceu aquela embarcação, pois ela estava sendo conduzida pelos famosos piratas: capitão dos Mares e seu amigo, o pirata Caolho que como de costume cantarolavam com canecas na mão: "hou hou hou, mais um barril de rum, hou hou hou não sobrou nenhum", dando gargalhadas contagiante.
Mas o que Brisa perguntava-se era o que eles estariam fazendo por estas redondezas? Com ceteza ela não perderia esta aventura por nada, e ali se acomodou bem quietinha. Em pouco tempo eles atracaram na Prainha do Matarazzo e com seus homens, nem eram muitos, pois senão seria dificil guardar o segredo, começaram a descarregar baús com diamantes brutos, metais valiosos e tantas outras pedras preciosas. Brisa ouviu um deles dizer que aquela fortuna vinha das minas do Itacolomi e das catas de Minas gerais fazendo parte de um antigo e importante contrabando. E bem ali, por de trás dos trapiches eles abriram a passagem secreta do Morro do Caruçu-Mirim.
Até então todos achavam que era lenda, pois o povo sempre dizia que ali tinha uma passagem construída pelos índios tupinambá e depois usada para a fuga de alguns negros escravos. Diziam que a passagem era para um homem só de cada vez passar, de tão estreita que era! Mas o que poucos souberam é que ela era real e que os piratas construíram bem no centro dela uma canastra de couro para guardar suas riquezas, fechando a passagem do outro lado com fundo falso para impedir bisbilhoteiros.
Tendo como plano usá-la em caso de fuga, pois se caso acontecesse algum imprevisto eles sairiam do outro lado do morro e seguiriam a pé para a praia do Perequê-Açú, onde seu barco já estaria esperando.
Brisa depois de tudo assistir foi saindo de fininho para não ser encontrada, pois sabia que não era bom contar pra ninguém. Afinal, riqueza assim traz muita tristeza aos humanos, que por conta delas brigam, se machucam e até matam. Quanto aos piratas parecem que dias depois pegaram uma tempestade forte e naufragaram deixando para nós esta herança histórica passada de pai para filho.
– Ubatuba em revista / ano 2 nº 8
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