Autor: Alberto Grimm
De onde ele estava, podia ver todo movimento da casa. Era começo de inverno, e nessas ocasiões a casa ficava repleta de mosquitos. Bastavam os primeiros trovões, e todos saiam de suas tocas, para fundarem novas colônias. Quantos insetos existiriam no mundo dos insetos? Ele conhecia muito pouco sobre suas origens, pois se especializara desde cedo apenas em seus hábitos naturais, que era a coisa necessária à sua sobrevivência. Afinal de contas era a única coisa que para ele importava. Mas agora, refletindo melhor, era estranho aquele sentimento, aquele questionamento, era algo que vinha do fundo da sua mente, um pensamento que não conseguia reter. Lembrou que entre seus amigos, nunca escutara conversa alguma sobre isso, pois a coisa era considerada uma espécie de tabu, algo que devia ser, naturalmente, evitado. Pensou em ir falar com a sua mãe sobre aquilo, talvez ela soubesse mais para lhe esclarecer, nem que fosse o básico. Ao contrário dos outros da sua idade, ele conversava coisas assim com sua mãe; ela sempre lhe dera essa confiança, tanto que agora a considerava, além de mãe, uma grande amiga. O problema é que se aproximava da hora do jantar, e todos aqueles insetos pelas paredes da casa, desviavam sua atenção, disso que classificou como um chamado interior. Essa dúvida teria que esperar um pouco mais. Depois de anos de prática, talvez fosse próprio de sua fisiologia, pois conseguia, se quisesse, ficar completamente imóvel. Algumas vezes fazia de propósito, apenas para ver a reação das pessoas da casa. Como as pessoas da casa já o conheciam, não se importavam com isso. Assim, ele ficava um tempão, estático; podia ser na sala, podia ser no quarto, e todos respeitavam, deixando-o quieto. Pensou em ir falar com a sua mãe sobre aquilo, talvez ela soubesse mais para lhe esclarecer, nem que fosse o básico. Ao contrário dos outros da sua idade, ele conversava coisas assim com sua mãe; ela sempre lhe dera essa confiança, tanto que agora a considerava, além de mãe, uma grande amiga. O problema é que se aproximava da hora do jantar, e todos aqueles insetos pelas paredes da casa, desviavam sua atenção, disso que classificou como um chamado interior. Essa dúvida teria que esperar um pouco mais. Depois de anos de prática, talvez fosse próprio de sua fisiologia, pois conseguia, se quisesse, ficar completamente imóvel. Algumas vezes fazia de propósito, apenas para ver a reação das pessoas da casa. Como as pessoas da casa já o conheciam, não se importavam com isso. Assim, ele ficava um tempão, estático; podia ser na sala, podia ser no quarto, e todos respeitavam, deixando-o quieto. Lembrou de um documentário sobre um campeão olímpico. Disseram no filme que ele era capaz de andar tão sutilmente, que parecia estar parado. páginas (1) (2)
De onde ele estava, podia ver todo movimento da casa. Era começo de inverno, e nessas ocasiões a casa ficava repleta de mosquitos. Bastavam os primeiros trovões, e todos saiam de suas tocas, para fundarem novas colônias. Quantos insetos existiriam no mundo dos insetos? Ele conhecia muito pouco sobre suas origens, pois se especializara desde cedo apenas em seus hábitos naturais, que era a coisa necessária à sua sobrevivência. Afinal de contas era a única coisa que para ele importava. Mas agora, refletindo melhor, era estranho aquele sentimento, aquele questionamento, era algo que vinha do fundo da sua mente, um pensamento que não conseguia reter. Lembrou que entre seus amigos, nunca escutara conversa alguma sobre isso, pois a coisa era considerada uma espécie de tabu, algo que devia ser, naturalmente, evitado. Pensou em ir falar com a sua mãe sobre aquilo, talvez ela soubesse mais para lhe esclarecer, nem que fosse o básico. Ao contrário dos outros da sua idade, ele conversava coisas assim com sua mãe; ela sempre lhe dera essa confiança, tanto que agora a considerava, além de mãe, uma grande amiga. O problema é que se aproximava da hora do jantar, e todos aqueles insetos pelas paredes da casa, desviavam sua atenção, disso que classificou como um chamado interior. Essa dúvida teria que esperar um pouco mais. Depois de anos de prática, talvez fosse próprio de sua fisiologia, pois conseguia, se quisesse, ficar completamente imóvel. Algumas vezes fazia de propósito, apenas para ver a reação das pessoas da casa. Como as pessoas da casa já o conheciam, não se importavam com isso. Assim, ele ficava um tempão, estático; podia ser na sala, podia ser no quarto, e todos respeitavam, deixando-o quieto. Pensou em ir falar com a sua mãe sobre aquilo, talvez ela soubesse mais para lhe esclarecer, nem que fosse o básico. Ao contrário dos outros da sua idade, ele conversava coisas assim com sua mãe; ela sempre lhe dera essa confiança, tanto que agora a considerava, além de mãe, uma grande amiga. O problema é que se aproximava da hora do jantar, e todos aqueles insetos pelas paredes da casa, desviavam sua atenção, disso que classificou como um chamado interior. Essa dúvida teria que esperar um pouco mais. Depois de anos de prática, talvez fosse próprio de sua fisiologia, pois conseguia, se quisesse, ficar completamente imóvel. Algumas vezes fazia de propósito, apenas para ver a reação das pessoas da casa. Como as pessoas da casa já o conheciam, não se importavam com isso. Assim, ele ficava um tempão, estático; podia ser na sala, podia ser no quarto, e todos respeitavam, deixando-o quieto. Lembrou de um documentário sobre um campeão olímpico. Disseram no filme que ele era capaz de andar tão sutilmente, que parecia estar parado. páginas (1) (2)
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